Espécie

Natrix maura (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Cobra-de-água-viperina, Cobra-de-água

  • Natrix maura
  • Natrix maura
  • Natrix maura
  • Natrix maura
  • Natrix maura
  • Natrix maura

Características

Espécie de tamanho médio, atingindo dimensões entre 65 a 130 cm de comprimento total. A Cabeça é bem diferenciada do resto do corpo, com focinho curto e arredondado. Possui duas placas pré-oculares e duas placas pós-oculares, sete supralabiais, estando a terceira e a quarta em contacto com o olho. Na cabeça, possui uma ou duas manchas escuras em forma de V invertido. O corpo é cilíndrico, coberto com escamas carenadas, dispostas em 21 fiadas, no dorso. A coloração dorsal varia entre o castanho, o amarelo, o verde e o cinzento, sob manchas acastanhadas ou negras que alternam na região média-dorsal, formando um zigue-zague ou uma série de bandas transversais. Nos flancos, são visíveis numerosas manchas que podem apresentar a forma de ocelos. O ventre pode ser esbranquiçado, amarelado ou avermelhado, com manchas negras quadrangulares.


Ecologia

Espécie essencialmente diurna, encontra-se activa geralmente entre Março e Outubro, permanecendo inactiva nos restantes meses. Os indivíduos, quando em actividade, apresentam temperaturas corporais entre os 21 e 28º C. Esta espécie pode deslocar-se tanto em terra como em meios aquáticos mas é preferencialmente aquática. A época de reprodução decorre essencialmente na Primavera, entre Março e Maio, contudo existem registos de acasalamentos no Outono. As posturas ocorrem entre Junho e Julho, com tamanhos variáveis entre os 4 e os 32 ovos (normalmente sete), sendo estes depositados debaixo de pedras, entre raízes de arbustos ou entre matéria orgânica. A eclosão dá-se após um mês e meio a três meses, entre Agosto e Outubro. Os machos atingem a maturidade sexual aos 3 anos de idade, enquanto as fêmeas demoram cerca de 4 a 5. anos. Esta espécie tem uma longevidade máxima registada de 20 anos. Tem uma dieta rica em anfíbios (larvas e adultos), pequenos peixes e invertebrados, espécies tipicamente aquáticas.Em situações de perigo pode fingir-se de morta, exalar uma secreção mal-cheirosa e expandir lateralmente a cabeça para se assemelhar a uma víbora. Está associada a habitats aquáticos, ocorrendo em zonas próximas de lagos, charcos, represas, barragens e cursos de água.É uma serpente aglifa, ou seja, não possui dentes inoculadores de veneno, não representando qualquer perigo para a espécie humana humana.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Presente na Península Ibérica, ilhas Baleares, Centro e Sul de França, Sudoeste da Suíça, Noroeste de Itália, Córsega, Sardenha e Norte de África.
Distribui-se por todo o território português.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.