Espécie

Aquila chrysaetos (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Águia-real, Águia, Aia, Ave, Bergadinha

Sem imagem

Características

A águia-real tem 80-90 cm de comprimento e 190-225 cm de envergadura. O adulto é castanho-escuro com coroa e parte anterior das asas douradas. Em voo, surge toda escura vista de baixo. Os juvenis possuem grandes manchas brancas na base das rémiges e rectrizes. Apresentam ainda na cauda uma larga banda terminal preta.


Ecologia

Na águia-real, as posturas, são normalmente compostas por 2 ovos, durando a incubação cerca de 43 a 45 dias. Os dados para Portugal demonstram que a época de reprodução se inicia em Fevereiro, tendo a postura lugar, no inicio de Março.
Esta ave possui vastos territórios, ocupando uma ampla variedade de habitats, preferencialmente em áreas pouco humanizadas, com encostas declivosas e agrestes, em geral com escarpas rochosas, situadas em zonas montanhosas e vales de grandes rios. Evita zonas húmidas, assim como florestas densas, preferindo áreas abertas com vegetação baixa ou dispersa. Utiliza rochedos, árvores e outros pontos de observação como poleiros. Consome presas de média dimensão, principalmente lagomorfos, grandes répteis, aves diversas e carnívoros. Em períodos de menor disponibilidade alimentar é frequente recorrer a cadáveres de ovinos e caprinos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Em Perigo (EN)


Distribuição Geral

A águia-real encontra-se distribuída por grande parte do Holárctico, principalmente entre os 70ºN e os 20ºN, concentrando-se em maior número no Paleárctico Oriental e na zona Oeste da América do Norte. Na Europa apresenta uma área de nidificação alargada. A maioria das aves são residentes, mas nas latitudes mais setentrionais, aves sobretudo juvenis e imaturas migram do Norte da Fenoscândia para a Europa Oriental, no Inverno. Em Portugal a população encontra-se distribuída por cinco núcleos: serras do Noroeste, serras do Alvão e do Marão, Alto Douro e Nordeste Transmontano, Alto Tejo e Bacia do Guadiana. No Algarve é muito rara na zona, aparece irregularmente junto ao Cabo de São Vicente, fora da época de nidificação.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

ICN, 2006. Plano Sectorial da Rede Natura 2000.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/