Espécie

Apus melba (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Andorinhão-real, Andorinhão-de-ventre-branco, Corta-vento, Gaivão

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Características

É o maior andorinhão em Portugal, com cerca de 21 cm de comprimento. De plumagem acastanhada, esta é interrompida pelo mento branco e parte inferior branca separada pela faixa peitoral castanha.


Ecologia

Nidifica em escarpas rochosas de grande dimensão ou em estruturas humanas apropriadas, cuja disponibilidade condiciona genericamente a sua distribuição no país. Ocorre principalmente abaixo dos 1.700 metros. Na costa rochosa do Algarve, Alentejo e Estremadura, nidifica em falésias costeiras de arenito, xisto e calcário, enquanto que nas zonas alcantiladas do rio Douro as escarpas
são graníticas. Nas regiões serranas onde se conhecem colónias actualmente (serras dos
Candeeiros e Sicó) nidifica em maciços calcários e as construções humanas onde está referenciada nidificação no nosso país são a ponte romana internacional sobre o rio Erges, junto à povoação de Segura e uma ponte rodoviária sobre o rio Douro próximo de Sobreda. A espécie está geralmente
presente no nosso território entre Março e Setembro, sendo a postura composta por 2 a 4 ovos. O período de incubação dura entre 17 a 23 dias. Esta espécie alimenta-se em voo, consumindo insectos voadores e aranhas de média dimensão.


Fenologia

Migrador Reprodutor (MigRep)


Estado de Conservação

Quase Ameaçado (NT)


Distribuição Geral

Distribui-se como reprodutora desde a península Ibérica e restantes países mediterrâneos até à Ásia Menor, Paquistão, Índia, e Sri Lanka, havendo ainda populações isoladas na Península Arábica, Este e Sul de África e Madagáscar. As zonas de invernada situam-se no Este e no Oeste da África Equatorial. A sua distribuição no período de nidificação está condicionada pela disponibilidade de escarpas rochosas de grande dimensão, de qualquer tipo, onde nidifica. Em Portugal, encontra-se apenas em áreas onde este tipo de habitat ocorre, nomeadamente na costa rochosa do Algarve, Alentejo e Estremadura, nas zonas alcantiladas do rio Douro (principalmente na região do Douro Internacional) e, pontualmente, em escarpas serranas no centro do país. No Algarve pode observar-se na Lagoa dos Salgados, no estuário do Arade, na Ria de Alvor, Sagres e serra do Caldeirão.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/