Espécie

Anthus campestris (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Petinha-dos-campos, Carreirola, Cia, Navinheira

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Características

Petinha com aproximadamente 17 cm de comprimento. Tem cor-de-areia e aspecto de alvéola. A cabeça tem listas superciliar, loral e sub-malar destacadas. Possui um bigode curto e ostenta uma barra escura nas médias coberturas. As rectrizes exteriores são brancas. As patas são compridas e amareladas. A unha posterior é curta e curva. Os juvenis têm marcas no peito.


Ecologia

Frequenta zonas abertas, com vegetação dispersa, cursos de água secos, superfícies rochosas, margens de estradas, vinhas e encostas secas. No Norte e Este da Europa reproduz-se em campos cultivados, solos arenosos, dunas costeiras arenosas, charnecas, estepes e desertos semi-áridos. No Sul da Europa está associado a pastagens para pastoreio de ovinos, ocasionalmente com arbustos de pequeno porte, e também pastagens secas com matos de Thymus. Em Portugal, o seu habitat preferido é, sem dúvida, o cume, não arborizado e com pouco mato, das
serras do centro e norte. Esta petinha é um visitante estival, que está presente nas áreas de reprodução entre Abril e Setembro e pode ser vista em migração até Outubro. Ocasionalmente é observada em pleno Inverno, no litoral sul. Pouco se sabe sobre a sua biologia de reprodução, em Portugal, contudo, estudos no resto da Europa indicam que podem criar 1 a 2 ninhadas por ano. Os ninhos são construidos no chão, frequentemente sob um tufo de ervas, sendo as posturas compostas por 4 a 5 ovos. O período de incubação é de 11 a 13 dias. Alimenta-se principalmente de insectos e algumas sementes. Os juvenis alimentam-se unicamente de invertebrados.


Fenologia

Migrador Reprodutor (MigRep)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

A petinha-dos-campos ocorre em latitudes médias baixas e médias continentais, desde a zona Mediterrânica e de estepe até à zona temperada, preferindo terrenos secos mas não áridos. Nidifica em grande parte do Paleárctico, desde o Norte de África e da Península Ibérica a ocidente, até ao Centro da Ásia a oriente. Inverna no sul do Saara,
em Sahel, mas também na Península Arábica e Turquia. Em Portugal distribui-se irregularmente, sendo claramente mais abundante nas zonas montanhosas. No Algarve pode ser vista no Baixo Guadiana e no cabo de São Vicente.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

ICN, 2006. Plano Sectorial da Rede Natura 2000.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/