Espécie

Anas strepera (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Frisada

Sem imagem

Características

Pato com 45-56 cm de comprimento. Os machos têm no dorso tons de castanho-canela e acinzentados. As partes laterais são de um rendilhado acinzentado com o ventre branco. As infracaudais são pretas e a característica identificativa da espécie, comum a machos e fêmeas, é o espelho branco nas asas. A fêmea é semelhante à do pato-real, com a cabeça e bico mais pequenos, o ventre branco, as patas mais amareladas e o bico alaranjado.


Ecologia

Esta espécie é residente e invernante no nosso país, frequentando lagoas costeiras, pauis, charcas, barragens, açudes e estuários. O número de frisadas no nosso país aumenta consideravelmente a partir de Outubro e começa a diminuir a partir de Fevereiro, indivíduos que se juntam às populações residentes para passar o Inverno. Não existem dados precisos sobre a sua biologia reprodutora, contudo, da informação proveniente da outros países europeus, as suas posturas são constituídas por 8 a 12 ovos, durando a incubação 24 a 26 dias. Alimenta-se de vegetação subaquática, podendo roubar comida a galeirões e zarros.


Fenologia

Rep/Vis


Estado de Conservação

VU&NT


Distribuição Geral

Distribui-se amplamente pela Eurásia, Norte de África e América Central e do Norte. A
espécie é parcialmente migradora e durante o Inverno ocorre na América do Norte e Cen-
tral, Europa Ocidental, Norte e Nordeste de África, Médio Oriente e Sul da Ásia. A popula-
ção residente estabelece-se no Leste e Ocidente da América do Norte, no Centro da
Europa, na bacia mediterrânica, a sul do Cáspio e Mar Negro. Tanto de inverno como na época de nidificação, a espécie
está presente sobretudo no Sul do país. Ocorre de modo disperso, por zonas húmidas quer no interior como no litoral, numa área de ocupação que se apresenta mais reduzida durante a época de reprodução, em que se admite ser inferior
a 20 km2. No Algarve a frisada pode ser vista com relativa facilidade na Quinta do Lago, no Ludo, na lagoa das Dunas Douradas e na lagoa dos Salgados. As ETAR de Olhão e Faro são também bons locais onde observar esta espécie e onde por vezes se reúnem grandes bandos. Ocasionalmente observa-se na reserva de Castro Marim.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/