Espécie

Alnus glutinosa ((L.) Gaertn. )

  • Alnus glutinosa

Descrição

Árvore que geralmente não ultrapassa os 25 m, com copa piramidal, mais tarde arredondada, com ápice curto. Folhas são caducas, de 4-10 cm de com-primento, dentadas, de forma orbicular. Pequenos frutos (aquénios) achatados e arredondados castanho-avermelhados. A casca é de cor cinzento-pardo. As suas raízes apresentam nodosidades em consequência da sua associação simbiótica a uma bactéria, Frankia alni, a qual fixa o nitrogénio livre e facilita à árvore a síntese das proteínas.


Ecologia

Ocorre em bosques ripícolas na margem de rios, ribeiras e barrancos húmidos. Por vezes torna-se dominante, formando galerias – ameais (ou amiais) – ripícolas ou pantanosos, as quais ajudam a fixação das margens, protegendo-as da erosão.


Habitat

Ripícola


Tipo Fisionómico

Fanerófito


Época Floração

Fevereiro-Março


Estatuto de Protecção

Não tem


Sinonímias

Não tem


Distribuição Geral

Grande parte Europa, Ásia e NW África


Observações

Durante muito a madeira desta árvore foi utilizada para fazer tamancos e moinhos devido à sua resistência à água. Atualmente é utilizada na fabricação de utensílios domésticos (colheres, vasos, garfos, etc.) assim como objetos de adorno e fósforos. As folhas jovens e viscosas (o seu nome específico glutinosa significa “viscoso”, “pegajoso”) são usadas pelas suas propriedades farmacológicas. Pode ser utilizado em infusão em casos de resfriado e febre, ou em gargarejos para a estomatite e amigdalite. Na medicina popular as folhas frescas, esmagadas, são utilizadas em aplicação externa, para tratar furúnculos e seios gretados. As folhas de amieiro são também utilizadas por montanhistas, espalmadas dentro das peúgas, com a face superior em contacto com a palma dos pés, aliviando o cansaço e evitar escoriações. A casca possui várias propriedades: adstringente, febrífuga, antirreumática e descongestionante. O fruto é tóxico.

Distribuição Geográfica