A águia-pesqueira ou guincho (Pandion haliaetus) é uma rapina de tamanho médio-grande, podendo, à primeira vista, ser confundida com uma gaivota, devi-do às partes inferiores de cor branca, que contrastam com o dorso acastanhado. Surge no mar ou em grandes rios e albufeiras, capturando os peixes de que se alimenta à superfície da água, com as patas bem esticadas para a frente. A época de reprodução ocorre geralmente em Março, produzindo as fêmeas 2 a 3 ovos, cuja incubação demora umas 5 semanas. Os juvenis permanecem no ninho cerca de 2 meses.

A partir de 1992, passou a haver apenas um casal nidificante de águia-pesqueira em Portugal, mais concretamente na Costa Vicentina. Em 1997, a fêmea morreu no ninho, enredada em fios de pesca e, alguns anos depois, o macho desapareceu após tentar emparelhar sem êxito com uma outra fêmea.

Na verdade, todos os anos, várias águias desta espécie, provenientes do norte da Europa, podem ser avistadas no Algarve, de passagem para África ou mesmo por aqui invernando, mas depois regressam quase sempre aos seus locais de origem para se reproduzir.

Em 2015, o último ninho, situado num ilhéu rochoso e que, entretanto, havia sido utilizado por cegonhas, foi ocupado por um destes casais de passagem. Também no Alqueva, um projecto de reintrodução de juvenis provenientes da Suécia e Finlândia, iniciado em 2011, parece finalmente estar a dar frutos pois, este ano, já aí nasceram duas crias.

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