Espécie

Rattus norvegicus (Berkenhout, 1796)

Nome Comum

Ratazana-castanha, Ratazana, Ratazana-de-água

Sem imagem

Características

Espécie com 21,4 a 29 cm de comprimento cabeça-corpo. O seu pelo apresenta algumas variações de cor entre o castanho e o negro. Apresenta, geralmente, manchas cinzento-acastanhadas na zona dorsal e cinzento mais claro na zona ventral (por vezes tem um mancha branca no peito e patas anteriores de coloração clara). Tem as orelhas mais curtas, carnudas e peludas do que a ratazana-preta. A cauda é mais curta, espessa e escura na parte de cima e clara na superfície inferior. A cauda do R. rattus é mais longa que o corpo e apresenta uma coloração uniforme. Os olhos são mais pequenos que a ratazana-preta.


Ecologia

Comportamento essencialmente nocturno, mas diurno se a predação à noite for excessiva. Tem dois picos de actividade, o primeiro é 1 ou 2 horas depois do anoitecer e o segundo é 1 a 2 horas antes do amanhecer. Pode reproduzir-se todo o ano, se o alimento for abundante e as condições climatéricas amenas. Em climas muito frios a espécie não se reproduz. As femeas atingem a maturidade sexual às 8-12 semanas. Têm entre 1 a 15 ninhadas após 20-23 dias de gestação e até 5 ninhadas por ano. Têm 6 pares de glândulas mamárias. São omníveros, consumindo preferencialmente alimentos ricos em proteínas e amido (cereais agrícolas, sementes, lesmas, caracóis, larvas,rãs, ovos de pássaros, mamíferos juvenis e carcaças). Podem percorrer 3 a 4 Km por noite, mantendo-se geralmente junto a sebes. Vivem normalmente associadas ao Homem ( lixeiras, armazéns de cereais, sistemas de esgotos) ou fontes de alimentos semelhantes. Contudo, algumas populações passam todo o ano, ou parte, em campos agrícolas e nas orlas dos campos (sendo propícia uma cobertura densa perto da água). Estima-se que a longevidade máxima da espécie seja menor que 18 meses.


Fenologia

Não indígena (NInd)


Estado de Conservação

Não Aplicável (NA)


Distribuição Geral

É Originária do Extremo Oriente e tem uma distribuição mundial bastante alargada, estando ausente apenas de algumas regiões tropicais e sub-tropicais. Em Portugal ocorre um pouco por todo o país. No Algarve, foi registada no Parque Natural da Ria Formosa.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Macdonald, D. & Barret, P. (1993). Mamíferos de Portugal e Europa – Guia Fapas.

Amaro, F. (2002).Levantamento das espécies de mamíferos existentes na zona terrestre do P.N.R.F.

Vicente, M. (2004). Caracterização da Fauna do Parque Natural da Ria Formosa (Estudo Inserido no Âmbito da Revisão do Plano de Ordenamento do PNRF). ICN

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