Espécie

Pipistrellus pipistrellus (Schreber, 1774)

Nome Comum

Morcego-anão

Sem imagem

Características

Morcego mais pequeno da Europa com 18 a 24 cm de envergadura. A base do pêlo é preta a castanho-escura, o dorso castanho-avermelhado, castanho-avelã ou castanho-escuro e o ventre amarelo-avermelhado a cinzento-acastanhado. O focinho, as orelhas e as membranas alares são castanho-escuras. As orelhas são pequenas e triangulares com a ponta arredondada, com 4-5 pregas transversais na beira externa da orelha. O trago é ligeiramente curvado para dentro, rombo, mais comprido do que largo (50% da altura da orelha). As membranas alares são estreitas e as membranas laterais começam na base dos dedos das patas posteriores. O esporão é aproximadamente 1/3 do comprimento da membrana caudal. Tem um lóbulo pós-calcâneo nítido com cartilagem transversal em forma de T. As patas posteriores e a membrana caudal são desprovidas de pêlo. O 1º pré-molar superior é pequeno e fica parcialmente oculto pelo canino quando visto de frente.


Ecologia

Espécie nocturna, sai do seu abrigo cerca de 30 minutos após o pôr-do-sol, dependendo, contudo, do estado do tempo. Entre Maio e Junho, regressa ao abrigo, entre a meia-noite e o amanhecer, mais cedo nas noites frias. Em Junho-Agosto, o primeiro pico de actividade verifica-se após o anoitecer e o segundo antes do amanhecer, apresentando períodos de actividade alternados com períodos de descanso, durante toda a noite. A época de acasalamento (Grã-Bretanha), vai de Agosto até finais de Novembro, em abrigos bem estabelecidos. As fêmeas visitam os abrigos dos machos, podendo estes ter um harém de até 10 fêmeas. Depois armazenam o esperma no útero até à ovulação, ocorrendo a fertilização em Abril. Os nascimentos ocorrem, preferencialmente, entre Junho e meados de Julho, após 44-80 dias de gestação. A maturidade sexual é atingida nas fêmeas aos 2-3 meses de idade e nos machos durante o Verão a seguir ao seu nascimento. Geralmente têm 1 cria por ninhada (por vezes 2). No Verão, as femeas encontram-se em colónias de criação a partir de Abril/Maio, sendo o número médio por colónia de 80 indivíduos, podendo exceder os 1000 Estes abrigos localizam-se em espaços apertados como buracos nas paredes externas de edifícios, atrás de painéis de anúncios, fendas nas paredes. Os machos, por sua vez, são solitários ou vivem em pequenos grupos. No Inverno, encontram-se morcegos de todas as idades e sexos, isolados, em pequenos grupos de 10 a 20 indivíduos, em edifícios e árvores. Os morcegos-anões movimentam-se frequentemente entre vários abrigos dentro de uma pequena área. A maioria da população é sedentária, estando os abrigos de Verão e de Inverno distanciados, em média cerca de 10-20 Km. Consomem pequenos insectos apanhados e comidos durante o voo, sendo o seu principal alimento as melgas e mosquitos. Encontram-se predominantemente junto das casas. é o morcego urbano mais comum.A longevidade máxima registada é de 16 anos e 7 meses. Ecolocação: 35-18 kHz.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

O morcego-anão tem uma distribuição alargada no continente europeu, até ao sul da Finlândia, existindo ainda referências do noroeste de África, Ásia Menor, e do Médio Oriente ao Irão e Afeganistão. Em Portugal a sua distribuição é mal conhecida.

Distribuição Geográfica

Referências

Macdonald, D. & Barret, P. (1993). Mamíferos de Portugal e Europa – Guia Fapas.

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Rias (2010-2012). Dados de entrada de animais no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens. Quinta de Marim.

http://www.iucnredlist.org/