Espécie

Pelophylax perezi (Seoane, 1885)

Nome Comum

Rã-verde, Rã-comum, Rã-dos-poços

  • Pelophylax perezi

Características

A rã-verde é um anuro cujo tamanho varia habitualmente entre 5 e 10 cm, por vezes um pouco mais nas fêmeas. Apresenta o focinho pontiagudo e as patas posteriores bem desenvolvidas. Os tímpanos são grandes e claramente vísiveis atrás dos olhos salientes, dourados e com pupila horizontal. Dorso liso ou ligeiramente verrugoso, em geral de tom verde, por vezes predominando os tons de castanhos, com manchas irregulares mais escuras e, quase sempre, um linha central de cor verde ou amarelo claro. Partes inferiores brancas com pequenas manchas escuras. Os machos possuem dois sacos vocais externos de cada lado da boca.


Ecologia

A rã-verde, é o anfíbio mais conhecido da nossa fauna. Excelente nadadora e saltadora, é capz de efectuar saltos com mais de 2 metros. De noite ou em condições de grande humidade, pode afastar-se bastante da água à procura de alimento. As suas presas favoritas são os insectos que captura de um salto ou através da projecção da língua viscosa, embora capture também caracóis, crustáceos, vermes, ovos e larvas de peixes e outros anfíbios e, até pequenos vertebrados. Esta espécie mantém-se activa durante todo o ano, excepto durante as épocas mais frias, altura em que se enterra no lodo ou entre a vegetação aquática. A reprodução inicia-se habitualmente em Abril, altura em que é possível ouvir, de dia e de noite, os ruidosos coros dos machos tentando atrair as fêmeas. O acasalamento decorre na água e é, geralmente, de curta duração. A fêmea liberta então uma massa gelatinosa com alguns milhares de ovos (800-10.000). Uma semana após a postura nascem as larvas com uns 5 mm de comprimento. Completam a metamorfose após 2 a 4 meses de vida, sendo a maturidade sexual atingida aos 4 anos de vida, rondando a longevidade máxima, os 10 anos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Ocorre em toda a Península Ibérica alcançando o seu limite setentrional no Sul de França. No Algarve, surge em todo o lado, ocupando uma grande variedade de habitats aquáticos: ribeiras, charcos, tanques, lameiros, lagoas, barragens e, até, zonas de água ligeiramente salobra junto à costa, assim como águas eutrofizadas ou algo poluídas.

Distribuição Geográfica

Referências

Almargem, 2002. Anfíbios do Algarve.

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.