Espécie

Malpolon monspessulanus (Hermann, 1804)

Nome Comum

Cobra-rateira

  • Malpolon monspessulanus
  • Malpolon monspessulanus
  • Malpolon monspessulanus
  • Malpolon monspessulanus
  • Malpolon monspessulanus
  • Malpolon monspessulanus
  • Malpolon monspessulanus

Características

É o maior ofídio da nossa herpetofauna, atingindo em média os 200 cm de comprimento total. A cabeça é estreita e afunilada, com escamas supreoculares proeminentes. Os olhos são grandes e a zona entre o olho e o orifício nasal é deprimida. Escama frontal muito estreita e alongada, com um comprimento duas vezes superior ao da largura. Centro do corpo com 19 fiadas de escamas grandes e um sulco longitudinal central, que se torna mais evidente com a idade. A coloração dorsal varia entre o verde oliváceo, o castanho e o cinzento, apresentando uma mancha típica, muito escura, no terço anterior do corpo. O ventre apresenta tons amarelados, frequentemente com manchas escuras.


Ecologia

Espécie tipicamente diurna. Hiberna nos meses mais frios e pode apresentar um período de estiação, nas populações que se encontram mais a Sul, da sua área de distribuição. A época de reprodução ocorre na Primavera, ocorrendo as cópulas entre Maio e Junho. As posturas dão-se um mês mais tarde, com 4 a 20 ovos cada, depositados debaixo da matéria orgânica ou de pedras, ou em tocas. As eclosões dão-se 2 meses depois. A maturidade sexual é atingida entre os 3 e os 5 anos de idade sendo a longevidade desta espécie elevada, podendo ultrapassar os 25 anos. A dieta varia consoante a idade, começando os juvenis por ser insectívoros, depois começam a comer lagartixas, cobras, pequenos roedores e crias de aves e mais tarde juvenis de coelho-bravo e sardões adultos. Sendo uma espécie opistoglifa (dentes inoculadores de veneno situam-se na zona posterior da mandíbula superior), não apresenta perigo para o Homem. Esta espécie ocupa uma grande variedade de habitats: zonas de matos, áreas pedregosas abertas, bosques de carvalhos e sobreiros, zonas agrícolas, pinhais arenosos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Distribui-se pelo Sudoeste da Europa (Itália, França, Península Ibérica), Noroeste de África (Marrocos e Argélia) e Ásia. Em Portugal, distribui-se amplamente por todo o território, sendo apenas escassa ou ausente na região entre o Porto e Leiria.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.