Espécie

Macroprotodon cucullatus (Geoffroy Saint-Hilaire, 1827)

Nome Comum

Cobra-de-capuz

  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus
  • Macroprotodon cucullatus

Características

Espécie de pequeno tamanho, atingindo no máximo, cerca de 60 cm de comprimento total.Cabeça comprimida dorsoventralmente e bem diferenciada do resto do corpo, com focinho curto. Os olhos são pequenos com íris cor-de-laranja ou avermelhada e pupila arredondada ou oval. Possui uma placa pré-ocular, duas pós-oculares e oito supralabiais, encontrando-se a quarta e a quinta em contacto com o olho e a sexta muito próxima ou em contacto com a parietal. De corpo alargado e cilíndrico, encontra-se coberto na zona dorsal por escamas lisas e brilhantes dispostas em 19 a 21 fiadas no centro do corpo. Possui duas manchas escuras na cabeças muito características: uma inicia-se na parte anterior dos olhos prolongando-se para diante, em forma de U, enquanto a outra se inicia na região posterior dos olhos, prolongando-se até à comissura bucal através das escamas supralabiais. Apresenta ainda uma mancha escura na cabeça em forma de V. Possui um colar negro na parte posterior da cabeça, sendo este mais largo na zona dorsal do que nos flancos.O corpo é acastanhado ou acinzentado, com pequenas manchas negras dispostas em cinco linhas longitudinais. O ventre pode ter um fundo esbranquiçado, acinzentado ou rosado com manchas negras a formarem um padrão axadrezado ou apenas uma banda central escura.


Ecologia

Espécie de hábitos essencialmente crepusculares ou nocturnos, encontra-se mais activa entre os meses de Novembro a Março. A época de reprodução ocorre na Primavera e no Verão, essencialmente entre Março e Julho. As posturas realizam-se entre os meses de Junho e Julho, variando o seu tamanho entre 2 a 7 ovos, que são posteriormente depositados debaixo de pedras, terra ou matéria orgânica. A eclosão dá-se entre um mês e meio a dois meses depois, entre Agosto e inícios de Outubro. A maturidade sexual é atingida nas fêmeas aos 28 cm e nos machos aos 24 cm de comprimento total. A sua dieta é essencialmente cosntituída por répteis: osgas, licranços, cobras-cegas e diferentes lagartixas. Trata-se de uma espécie opistoglifa (dentes inoculadores de veneno localizados na parte posterior da maxila superior), tornando a mordedura em humanos pouco perigosa. Encontra-se numa grande variedade de biótopos, nomeadamente em regiões semi-áridas de baixa altitude, em zonas de matos e áreas abertas de pinhais e montados. Gosta particularmente de zonas rochosas e pedregosas.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Distribui-se pela margem sul do Mediterrâneo, desde o Saara Ocidental e Marrocos até à região de Israel, ocorrendo também na metade meridional da Península Ibérica. Em Portugal, encontra-se principalmente a sul do rio Tejo, mas , também na zona de grande Lisboa, na Serra da Malcata e no Nordeste Transmontano, ainda que se tratem de pequenos isolados populacionais.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.