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Domínio
Eucarya
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Unikonta
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Reino
Animalia
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Metazoa
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Eumetazoa
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Bilateria
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Deuterostomata
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Chordata
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Filo
Craniata
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Subfilo
Vertebrata
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Superclasse
Gnathostomata
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Classe
Lepidosauromorpha
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Ordem
Squamata
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Subordem
Lacertilia (Sauria)
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Família
Lacertidae
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Género
Lacerda
Características
Lagarto robusto, com cerca de 12,5 cm de comprimento (cabeça-corpo). Dorso com coloração variável, ora com tons esverdeados e amarelados com um ponteado negro denso e uniforme ora com tons acastanhados com grandes manchas escuras.As escamas dorsais apresentam-se arredondadas ou ovais. Ventre de coloração amarela com ou sem pigmentação escura, podendo apresentar na zona da garganta tons de azul durante a reprodução e branco no resto do ano. As escamas ventrais estão geralmente distribuídas em 8 filas longitudinais. A cauda, longa, pode medir o dobro do comprimento do corpo.As escamas da garganta apresentam um rebordo arredondado e não imbricadas e a escama occipital é grande e em forma de trapézio.
Os machos adquirem tonalidades azuis intensas na garganta e cabeça durante a época de reprodução.
Ecologia
Espécie de hábitos diurnos, permanece activa desde Fevereiro/Março até Outubro, passando os restantes meses em hibernação.A temperatura corporal de um indivíduos activo é de cerca de 31 a 32ºC. O período de reprodução ocoore na Primavera/início do Verão, podendo observar-se os acasalamentos entre Abril e Julho. As posturas são compostas normalmente por 6 a 17 ovos, sendo as mesmas efectuadas em locais desprovidos de vegetação. A eclosão dá-se após 2 a 3 meses de inscubação. A maturidade sexual é normalmente atingida entre os 3 e os 4 anos de idade. A longevidade máxima é de 11 anos. A sua dieta assenta essencialmente em pequenos invertebrados, nomeadamente mosquitos, moscas, gafanhotos e escaravelhos. Pode libertar a cauda quando se sente ameaçado.Ocorre em zonas com uma grau de humidade médio: nas proximidades de cursos de água com boa cobertura vegetal de espécies autóctones , que no caso do Norte do país, são o amieiro, o vidoeiro, o castanheiro e o carvalho-alvarinho.
É uma espécie muito sensível à qualidade da água.
Fenologia
Residente (Res)
Estado de Conservação
Pouco Preocupante (LC)
Distribuição Geral
É um endemismo ibérico, ocorrendo no Noroeste Peninsular e no Sistema Central, com algumas populações isoladas no Centro e Sul de Portugal. Em Portugal, distribui-se de forma contínua a norte do rio Tejo, enquanto que a sul a espécie se encontra apenas em isolados populacionais, na Serra de S. Mamede, Cercal e Monchique.
Distribuição Geográfica
Referências
Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.
Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.