Espécie

Hemorrhois hippocrepis (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Cobra-de-ferradura

  • Hemorrhois hippocrepis
  • Hemorrhois hippocrepis
  • Hemorrhois hippocrepis

Características

Cobra robusta, podendo o seu tamanho variar entre os 80 e os 180 cm de comprimento total. A sua cabeça é larga, relativamente pequena e deprimida, visivelmente destacada do corpo. De olhos grandes com pupila arredondada, a sua íris varia entre os tons de castanho e amarelo. Escamas bem visíveis entre o olho e as supralabiais (suboculares). A coloração do dorso é esbranquiçada, amarelada ou acinzentada com grandes manchas escuras arredondadas ou elípticas. Nos flancos, apresenta manhas escuras, mais pequenas, e que alternam com as dorsais. Os indivíduos mais velhos podem apresentar estas manchas unidas nos extremos conferindo um aspecto em ziguezague. O corpo desta espécie é cilíndrico e possui entre 25 a 29 fiadas de escamas dorsais lisas no centro do corpo. Na cabeça apresenta uma mancha escura em forma de ferradura (placas parietais), prolongando-se esta mancha pela região lateral até ás temporais. Apresenta ainda uma mancha escura ao nível dos olhos, terminando ao nível das supralabiais. O ventre pode ter tons avermelhados, alaranjados ou bege, podendo aparecer manchas escuras dispersas.


Ecologia

Espécie de hábitos diurnos, encontra-se activa durante todo o ano, podendo passar por um período de inactividade em regiões mais frias, entre Novembro e Março. A época de reprodução dá-se na Primavera e início do Verão, ocorrendo o acasalamento normalmente em Maio. As posturas, constituídas normalmente por 4 a 11 ovos, dão-se no mês de Julho. Os ovos são depositados debaixo de pedras, dentro de troncos ou em tocas abandonadas, eclodindo, após6 a 8 semanas da postura. Tem uma alimentação variada usando normalmente a boca para caçar as suas presas: micromamíferos, répteis e várias aves. Esta é uma espécie aglifa (não possui dentes inoculadores de veneno), sendo a sua mordedura inofensiva para o Homem. Habita preferencialmente em zonas secas e expostas como zonas de matos e locais rochosos ou pedregosos com cobertura vegetal escassa.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Distribui-se pela Península Ibérica, por algumas ilhas mediterrânicas, nomeadamente Sardanha, Zembra e Pantellaria e Norte de África. Em Portugal ocorre praticamente em todo o território, ainda que de forma irregular. Parece estar ausente da região do Minho, norte de Trás-os-Montes e parte da Beira Litoral.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.