Espécie

Eptesicus serotinus (Schreber, 1774)

Nome Comum

Morcego-hortelão; morcego-hortelão-escuro

Sem imagem

Características

Espécie com 32 a 38 cm de envergadura. O pêlo no dorso é castanho escuro, com as extremidades, por vezes, douradas, brilhantes e de aspecto oleoso. No ventre a tonalidade é amarelo-acastanhado, não havendo uma separação nítida da região dorsal e ventral. O pêlo é longo com a base castanha-escura. O focinho e orelhas são pretos e as membranas alares castanho-escuras, contrastando com o resto do corpo. As asas são largas iniciando a membrana lateral na base dos dedos dos membros posteriores. A ponta da cauda apresenta 5-8 mm livres. O esporão atinge 1/3 a 1/2 do comprimento da membrana caudal e o lóbulo pós-calcâneo é estreito sem a cartilagem em forma de “T” visível. As orelhas são relativamente pequenas e triangulares, com rebordo externo estreito e 5 pregas transversais, terminando um pouco antes do canto da boca. O trago vai até 1/3 do comprimento da orelha, é rombo, com o rebordo côncavo à frente e convexo atrás.


Ecologia

Esta espécie sai do abrigo, cerca de 15 a 20 minutos depois do pôr-do-sol. Na Primavera, o regresso dá-se 30 minutos depois, que com o avançar do tempo, vai aumentando, dando origem a um pico de actividade secundário. Entra em hibernação em finais de Novembro até Março/Abril. Os abrigos de criação começam a ser ocupados em Abril/Maio, formando colónias femininas, geralmente com 10 a 50 morcegos a partir de Maio (podendo atingir os 200 indivíduos). O acasalamento dá-se em Setembro/Outubro e os nascimentos na segunda metade de Junho, ocasionalmente até meados de Agosto. Em cada ano, há uma ninhada por fêmea, com uma cria. A maturidade sexual é atingida, para ambos os sexos, no 1º Verão. As fêmeas têm 2 glândulas mamárias. No princípio do ano, alimentam-se de várias espécies de moscas e mariposas, sendo as primeiras substituídas por coleópteros, meses mais tarde. Ocupa parques pouco arborizados e prados, caçando sobre pastagens, jardins, parques urbanos, ao longo de bosques, sebes altas e de estradas. No Verão, e possivelmente no Inverno, abrigam-se sobretudo em edifícios. Longevidade máxima registada de 19 anos e 6 meses.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Apresenta uma ampla distribuição, do Mediterrâneo ao sul da Suécia e Inglaterra e de Portugal à China. É uma espécie relativamente abundante, pelo menos no norte e centro de Portugal continental.

Distribuição Geográfica

Referências

Rodrigues L., A. Rainho e J.M. Palmeirim. 2010. Natureza 2011, Ano do Morcego. ICNB. ISBN 978-972-775-211-9.

Macdonald, D. & Barret, P. (1993). Mamíferos de Portugal e Europa – Guia Fapas.

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

http://www.iucnredlist.org/

Relatório Nacional de Implementação da Directiva Habitats (ICNB, 2008).