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Domínio
Eucarya
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Unikonta
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Reino
Animalia
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Metazoa
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Eumetazoa
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Bilateria
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Deuterostomata
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Chordata
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Filo
Craniata
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Subfilo
Vertebrata
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Superclasse
Gnathostomata
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Classe
Batrachomorpha (Amphibia)
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Ordem
Anura
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Família
Bufonidae
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Género
Epidalea
Características
O sapo-corredor é um animal robusto, de focinho e patas curtas e com um tamanho semelhante nos dois sexos, variando entre 5 a 9 cm. Glândulas parótidas pequenas mas bem evidentes e dispostas de forma paralela entre si. Tímpano pouco visível. Olhos de cor amarelo-esverdeado e pupila horizontal. Dorso com grande quantidade de verrugas acastanhadas ou avermelhadas e arredondadas, sobre um fundo geralmente acinzentado ou esverdeado com manchas irregulares. Na região média dorsal apresenta geralmente uma linha longitudinal amarela ou verde. Partes inferiores esbranquiçadas com manchas escuras.
Ecologia
Animal de hábitos bastante terrestres, o sapo-corredor passa o dia debaixo de pedras ou em galerias que ele próprio escava com ajuda dos dedos anteriores bastante duros. Sai à noite para percorrer o seu território em busca de coleópteros, formigas, aranhas, e larvas de insectos, deslocando-se de forma carcaterística através de pequenas corridas, circunstância que está na base do seu nome. A época reprodutora inicia-se nos últimos meses do inverno, deslocando-se então estes animais até ao charco mais próximo, onde o repetido coaxar dos machos pode ser ouvido de noite a grande distância, procurando atrair as fêmeas. O acasalamento dá-se dentro de água e pode demorar algumas horas. A fêmea deposita então dois cordoes gelatinosos relativamente curtos, contendo cerca de 3000 ovos. Após 5 a 15 dias, nascem os girinos, a principio negros vão-se tornando acastanhados à medida que se desenvolvem. A metamorfose completa-se entre 20 dias a 2 meses. A maturidade sexual é atingida aos dois anos e a sua longevidade na natureza não ultrapassa os 5 anos.
Fenologia
Residente (Res)
Estado de Conservação
Pouco Preocupante (LC)
Distribuição Geral
A área de distribuição desta espécie estende-se da Península Ibérica até à Europa Central e Oriental. No Algarve parece ser mais comum no Litoral e em locais apropriados do Barrocal. Procura reproduzir-se em pequenos charcos temporários e poças de água das chuvas, o que nem sempre consegue, provocando frequentemente grande mortalidade nos girinos, incapazes de completarem o seu desenvolvimento que, no entanto, é relativamente rápido. Pode também ser encontrado em pedreiras abandonadas, terrenos alagados e águas salobras de lagunas litorais.
Distribuição Geográfica
Referências
Almargem, 2002. Anfíbios do Algarve.
Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.
Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.
http://www.charcoscomvida.org