Espécie

Discoglossus galganoi (Capula, Nascetti, Lanza, Bullini & Crespo, 1985)

Nome Comum

Rã-de-focinho-pontiagudo, Discoglosso

  • Discoglossus galganoi

Características

Esta espécie possui um aspecto geral de rã, com cabeça larga e focinho pontiagudo. As patas são compridas e a pele é lisa e brilhante. Ao contrário das verdadeiras rãs, o tímpano é pequeno e pouco visível e a pupila arredondada ou triangular. Padrões de coloração variável. O dorso é geralmente acastanhado ou oliváceo com manchas ou bandas escuras, em maior ou menos número.Membros anteriores robustos, com quatro dedos e três tubérculos palmares, dos quais o interno é o mais desenvolvido. Membros posteriores compridos, adaptados ao salto, com cinco dedos. As patas posteriores apresentam frequentemente faixas transversais escuras. Ventre esbranquiçado. Apenas os machos adultos possuem membranas interdigitais completamente desenvolvidas e, na época de reprodução, a pele torna-se algo verrugosa, aparecendo calosidades negras nos dedos das patas anteriores. O comprimento dos adultos varia entre os 5 e 7,5 cm.


Ecologia

Trata-se de uma espécie bastante aquática, embora possa ser igualmente encontada na vegetação húmida de terrenos alagadiços, prados e lameiros, por vezes a alguma distancia da água.é um animal activo sobretudo ao anoitecer, alimentando-se de lesmas, caracóis, vermes, aranhas e insectos. A reprodução inicia-se com as primeira chuvas do outono. O acasalamento é de curta duração, após o qual a fema deosita entre 300 a mais de um milhar de ovos, dispotos isoladamente ou em grupos coesos no fundo do charco. Uns 4 a 5 dias após a postura nascem as larvas, com cerca de 3 mm. A metamorfose completa-se ao fim de 20 a 60 dias, atingindo estes indivíduos uma longevidade máxima de 10 anos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Quase Ameaçado (NT)


Distribuição Geral

Distribuição circunscrita a Portugal e à metade Oeste de Espanha. No Algarve frequenta as imediações de uma grande variedade de habitats aquáticos (ribeiras, charcos temporários) desde a Serra ao Litoral, surgindo mesmo em águas um pouco salobras.

Distribuição Geográfica

Referências

Almargem, 2002. Anfíbios do Algarve.

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.