Espécie

Calandrella brachydactyla (Leisler, 1814)

Nome Comum

Calhandrinha, Calhandrinha-galucha, Carreirola

Sem imagem

Características

Ave com aproximadamente 15 cm de comprimento. Cor-de-areia e pouco estriada, tem manchas nos lados do pescoço, que são patentes quando canta (excepto na plumagem nova de Outono). O bico é curto e cónico. A coroa é arruivada, estriada e eréctil. As listas superciliar e ocular são bem evidentes. As terciárias alcançam a ponta das asas. Ao voar a cauda é escura, com as rectrizes centrais acastanhadas e as exteriores brancas. Os juvenis têm as penas do dorso orladas.


Ecologia

Espécie estepária, frequenta planícies e planaltos, terrenos com socalcos e declivosos. Em alguns países as aves podem ocupar zonas baixas e arbustivas de garrigue com pequenas áreas sem vegetação. Em Espanha os efectivos populacionais são mais altos nos habitats estepários, desde dunas até zonas de estepe arbustivas. Também podem ocorrer em áreas cultivadas, pouco intensivas, onde seleccionam os lavrados para nidificar e os pousios. É uma espécie migradora, que chega em finais de Março e parte em Setembro. A época de criação inicia-se em Abril, podendo a espécie criar 2 ninhadas por ano. As posturas são compostas por 3 a 6 ovos, que são incubados durante 13 dias. Os adultos alimentam-se principalmente de sementes mas as crias são
basicamente alimentadas por insectos.


Fenologia

Migrador Reprodutor (MigRep)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Distribui-se à volta do Mar Mediterrâneo e Negro e estende-se em direcção a Este para as estepes da Ásia central. As sua área de distribuição na Europa compreende Albânia, Bulgária, Croácia, Chipre, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Hungria,
Itália, Malta, Portugal, Roménia, Rússia, Turquia e Ucrânia. No entanto, a maior parte da população europeia nidifica na Península Ibérica e na Rússia. Espécie essencialmente migratória, inverna em planícies de estepe e semi-desertos de África, no Sul do Saara. As aves da Europa invernam nas zonas costeiras do Mar Vermelho e em Sahel,
excepto uma população sedentária ou parcialmente migratória da Grécia. É particularmente abundante no sul e nordeste de Portugal, principalmente devido à grande disponibilidade de habitat. No Algarve, o cabo de São Vicente, a ria de Alvor, a Lagoa dos Salgados e o sapal de Castro Marim são os locais onde esta cotovia pode ser observada.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

ICNB. Plano Sectorial da Rede Natura 2000.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/