Espécie

Bufo bufo (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Sapo-comum, Sapo

  • Bufo bufo

Características

O sapo-comum é o maior anuro da fauna portuguesa, com uma diferenciação marcada de tamanho entre os machos, que raramente ultrapassam os 10 cm, e as fêmeas, que podem atingir mais de 20 cm de comprimentos. O corpo é robusto, a cabeça larga e curta e as patas, especialmente as anteriores, também curtas e fortes, com os dedos parcialmente cobertos por uma membrana interdigital.. Glândulas paratóides grandes e bem evidentes, situadas atrás dos olhos proeminentes, avermelhados e com pupila horizontal. Tímpano pouco visível. Pele rugosa com o dorso coberto por numerosas verrugas salientes. A coloração é variável, inclusive de acordo com as condições do habitat, predominando os animais de tom castanho amarelado, acinzentado ou ferruginoso, com manchas irregulares mais escuras. Partes ventrais claras, uniformes e granulosas.


Ecologia

Os sapos-comuns são animais que vivem em terra a maior parte do ano. Durante o dia escondem-se em buracos, debaixo de pedras ou em troncos e raizes mortas. Ao pôr-do-sol saem para caçar uma grande variedade de animais como inscetos, vermes, caracóis e até pequenos vertebrados. No final do inverno, os sapos-comuns deslocam-se até ao ponto de água mais próximo, normalmente auqele que os viu nascer. As migrações são feitas durante a noite ou em tempo chuvoso, por vezes envolvendo um grande número de indivíduos e percorrendo distancias consideráveis. O acasalamento dá-se na água, mantendo-se freuqentemente o macho e a femea agarrados durante muitos dias. A postura consta de dois cordões gelatinosos com vários metros de comprimento e contendo entre 2000 a 7000 ovos escuros. 5 a 18 dias depois, nascem os girinos que demoram entre 2 a 4 meses a terminar a metamorfose. Podem reproduzir-se a partir do terceiro ano de vida e vivem em média, entre 7 a 10 anos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

O sapo-comum vive praticamente em toda a Europa, alcançando a Ásia e o Norte de África. No Algarve, ocupa todo o tipo de habitats, sendo igualmente abundante no litoral e nas regiões interiores de relevo mais acentuado. é bastante comum nas zonas rurais e junto dos próprios aglomerados urbanos, reproduzindo-se em todo o tipo de águas paradas (lagoas, charcos, açudes, tanques) e nas poças e pegos de regatos e ribeiras.

Distribuição Geográfica

Referências

Almargem, 2002. Anfíbios do Algarve.

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.

http://www.charcoscomvida.org