Espécie

Apodemus sylvaticus (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Rato-de-campo, Rato-dos-bosques

  • Apodemus sylvaticus
  • Apodemus sylvaticus
  • Apodemus sylvaticus
  • Apodemus sylvaticus

Características

Espécie com dimensões cabeça-corpo a rondar os 9,7 a 11 cm. O corpo é alongado, a cabeça bem separada do tronco, o focinho é pontiagudo e a cauda é longa. Na zona dorsal apresenta tonalidades de castanho-escuro, nos flancos é castanho-amarelado e na zona ventral acinzentado-claro e possui uma marca peitoral, amarelo-alaranjada. A cauda é comprida, castanha-escura na parte superior e esbranquiçada na parte inferior, com numerosos anéis bem visíveis.


Ecologia

Espécie essencialmente nocturna, podendo contudo, sair até 2h antes do anoitecer e ao amanhecer durante o Verão. No Inverno, os picos de actividade decorrem ao amanhecer e ao crepúsculo. A actividade é reduzida com o luar e inibida pela humidade e baixas temperaturas. A época de reprodução ocorre de Março a Outubro com picos nos meses de Julho e Agosto. O período de gestação tem a duração de 19-20 dias, e em média as fêmeas têm 2 a 9 crias por ninhada, e até 4 ninhadas por ano (4 pares de glândulas mamárias). A maturidade sexual é atingida no ano de nascimento para os indivíduos que nasceram no início da época e, no ano seguinte, para os que nasceram mais tarde, na época de reprodução. Esta espécie é considerada oportunista, alimentando-se dos recursos que foram mais abundantes ( sementes, plantas, fungos, musgos, caracóis, artrópodes, minhocas, borboletas). Habita zonas de floresta, terrenos aráveis, jardins, matos, fetos, dunas. A longevidade máxima registada é de 20 meses.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Distribui-se por toda a Europa Continental, Ilhas Britânicas, Escandinávia Meridional e Norte de África. Em Portugal a espécie é bastante abundante, com populações estáveis por todo o território. No Algarve, segundo a bibliografia, esta espécie já foi observada nos Sítios Classificados da Rocha da Pena e Fonte Benémola, no parque natural da ria Formosa e na Reserva natural de Castro Marim.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Macdonald, D. & Barret, P. (1993). Mamíferos de Portugal e Europa – Guia Fapas.

Lavinas, C. 2004. Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, uma contribuição para a sua gestão. Instituto da Conservação da Natureza / Centro de Zonas Húmidas.

Vicente, M. (2004). Caracterização da Fauna do Parque Natural da Ria Formosa (Estudo Inserido no Âmbito da Revisão do Plano de Ordenamento do PNRF). ICN

Amaro, F. (2000). Pequenos mamíferos associados aos Sítios Classificados da Rocha da Pena e Fonte Benémola

http://www.iucnredlist.org/

ttp://www.azibo.org/mamiferos/ratocampo.html