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Domínio
Eucarya
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Archaeplastida
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Reino
Viridiplantae (Plantae)
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Embryophyta
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Filo
Angiospermophyta
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Classe
Magnoliopsida
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Subclasse
Lamiidae
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Ordem
Solanales
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Família
Solanaceae
Descrição
Planta herbácea anual, de porte arbustivo, podendo alcançar mais de um metro de altura. Caule cilíndrico (19-165 cm). Folhas características ovaladas, ovado-lanceoladas ou oblanceoladas, alternas, largas e de dentes irregulares bem marcados na margem. Pecíolo 10-90 mm, geralmente com uma fila de pêlos na página superior. A flores formam-se na axila das ramificações, ou na extremidade dos caules; são grandes flores brancas, com simetria radial, hermafroditas, pouco pedunculadas (pedúnculos erectos e pubescentes, 4-10 mm na floração e até 18 mm na frutificação). Corola (70-95 mm) afunilada de cor branca a purpúrea com pétalas soldadas quase até à parte superior. Frutos em forma de cápsulas ovóides de 24-45 × 24-43 mm, com 4 compartimentos, cobertas de acúleos (espinhos). Produz sementes de cor negra de 2,9-4 × 2,3-3,5 mm
Ecologia
Terras cultivadas, baldios, entulhos e aterros de obras, bermas de estradas, nitrófila e ruderal.
Habitat
Ruderal
Tipo Fisionómico
Terófito
Época Floração
Junho-Outubro
Estatuto de Protecção
Não tem
Sinonímias
Não tem
Distribuição Geral
Procedente da América Central, é actualmente considerado um taxon subcosmopolita. Encontra-se naturalizada em quase toda a Europa, Ásia, norte de América, norte de África e Austrália.
Status e distribuição em Em Portugal encontra-se amplamente distribuída no Continente e na Madeira.
Particularidades: Possui uma acção farmacológica parasimpaticolítica e de anti-espasmos. Ao ser uma planta tóxica, devido à atropina que contem, a sua ingestão provoca sintomas de delírio, que se manifesta em excitação, angustia, desorientação, alucinações, insónia ou gritos, mas a escopolamina que contem atenua estes efeitos. É perigosa para o homem e para o gado
Observações
Espécie exótica. Classificada como 'invasora' pelo Decreto-Lei nº 565/99, de 21 de Dezembro. Espécie tóxica, devido a presença de várias substâncias alcaloídes, de onde se destaca a atropina, a qual possuí acção neurotóxica, ao actuar sobre o sistema nervoso parassimpático, provocando sintomas de delírio. É perigosa para o homem e para o gado. Possui uma acção farmacológica parasimpaticolítica (sobre o ritmo sistema respiratório e batimento cardíaco) e anti-espasmos, sendo utilizado como antídoto de várias substâncias, entre as quais a morfina, o clorofórmio e adubos químicos, bem como no tratamento de intoxicação por inseticidas (organofosforados) e de contaminação por gases neurotóxicos, como o sarin.