Ave com cerca de 31 cm de comprimento. De cabeça grande e bico forte de corvídeo, possui a parte inferior do corpo totalmente azul, o dorso castanho-ferrugem, as asas azuis e pretas. Os juvenis são castanhos-claros com asas azuis e pretas.

Ocorre predominantemente em terras baixas, preferindo zonas abertas e soalheiras (estepes e prados), com árvores dispersas e bem desenvolvidas – florestas de Quercus, em que as árvores têm cavidades, e pinhais, especialmente de Pinus sylvestris com clareiras e charnecas. Em Portugal frequenta principalmente habitats abertos, de cultura arvense ou de mato pouco denso,
normalmente com árvores dispersas, vales de rios e por vezes mesmo em serras. Nidifica em bancos de areia, edifícios abandonados (paredes), fissuras em rochas e ninhos de Drycopus martinus ou Picus viridis (em árvores). O ninho é feito em cavidades não ocupadas ou ninhos de anos anteriores.
Cria em buracos, tanto em árvores como em barreiras e ruínas. Alimenta-se principalmente de insectos, particularmente coleópteros e ortópteros. Os indivíduos chegam aos locais de nidificação em Abril, permanecente até Agosto. Em Portugal, o início da postura ocorre em Maio .Segundo um estudo efectuado em Castro Verde, a dimensão média das posturas é de 5 ovos, durando a incubação entre 17 a 19 dias.

Migrador Reprodutor (MigRep)

Criticamente em Perigo (CR)

O Rolieiro é um migrador estival que nidifica no Paleárctico, desde o Noroeste de África e Este da Península Ibérica passando pelo Mediterrâneo até a Oeste dos Himalaias. Metade da população localiza-se na Europa, nomeadamente na Albânia, Áustria, Bielorússia, Bulgária, Croácia, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Moldávia, Polónia, Portugal Continental, Roménia, Rússia, Turquia e Ucrânia. A espécie inverna na região Afrotropical, sobretudo na África Oriental e Sudeste de África. Em Portugal distribui-se pelo interior centro e Sul do país, associando-se a zonas de
agricultura extensiva em regime de rotatividade de culturas. O Rolieiro parece ser mais abundante no interior alentejano do que no resto da sua área de cria. No Algarve não nidifica na região, mas durante a passagem migratória outonal, o rolieiro é observado com regularidade junto ao Cabo de São Vicente e, ocasionalmente, na ria de Alvor.

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

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