Faleceu Maurice Clyde, um dos promotores iniciais da Via Algarviana (Outubro)
Tudo começou em 1995.
Maurice Clyde, a sua esposa Esmé e outros residentes britânicos haviam criado um grupo informal de caminheiros que designaram por OCDAW - (Os Caminheiros do) Algarve Walkers - e começaram então a participar nas caminhadas da Almargem.
Um belo fim-de-tarde, em volta de uma cerveja bem fresca no café da Rocha da Pena, a conversa com o Maurice centrou-se em torno do antigo Roteiro Moçárabe que conduzia os peregrinos desde o Baixo Guadiana até ao Cabo de S. Vicente, para visitar o local onde os restos mortais do santo valenciano tinham sido escondidos. Anos antes, existira uma tentativa meritória por parte de um grupo de académicos lisboetas para reconstituir o traçado dessa rota e implantá-la no terreno, mas rapidamente tal projecto caíra no abandono.
Surgiu então a ideia de criar do zero uma rota pedestre que fizesse renascer esse objectivo, mas com os pés melhor assentes na terra. Dessa memorável conversa nasceu a vontade de avançar em conjunto com um novo roteiro de S. Vicente e aí foi também inventado um nome que hoje é conhecido por todo o mundo: "Via Algarviana".
Maurice Clyde acabou de nos deixar no passado mês de Setembro, pouco antes de completar 82 anos e após mais de uma década de incapacidade física que o havia obrigado a deixar o seu querido Algarve e a regressar à terra natal.
A Associação Almargem presta aqui uma comovida homenagem ao antigo companheiro de caminhadas, garantindo que o seu nome ficará, para sempre, associado à Via Algarviana.
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