A Associação Almargem congratula-se com a recente adesão da Quercus e da LPN, duas das maiores associações ambientalistas portuguesas, à CPADA - Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente.

Provavelmente, a esmagadora maioria dos portugueses e mesmo das pessoas que militam na causa ecologista não se aperceberão da relevância deste facto. A CPADA, fundada em 1989 por diversas associações de todo o país, incluindo a Almargem, acabou por, ao longo dos anos, se transformar numa entidade praticamente desconhecida e que unicamente se dedica a gerir processos burocráticos de representação das ONGAs em organismos públicos, para além de atribuir anualmente os Prémios Nacionais de Ambiente.

No entanto, a CPADA é, indubitavelmente, a maior organização ambientalista portuguesa, congregando actualmente mais de 120 associações locais, regionais e nacionais, sem que tenha sido capaz de potenciar essa enorme representatividade em termos de afirmação nacional dos princípios ecologistas e, muito menos, se envolver de forma activa em causas relevantes na área do ambiente.

Apenas como termo de comparação, podemos referir que a CODA - Coordinadora de Organizaciones de Defensa Ambiental, nascida, em Espanha, alguns anos antes da CPADA e com os mesmos objectivos, é hoje a principal organização ambientalista do país vizinho, sob o nome, amplamente conhecido, de Ecologistas en Acción.

A Associação Almargem faz votos para que esta nova fase na vida da CPADA passe, no mínimo, pela dinamização de duas áreas fundamentais:

- implementação de projectos a nível nacional que possam traduzir-se em apoios à actividade das associações suas filiadas;

- concretização de protocolos de assistência jurídica a acções de ecocidadania e de luta contra agressões ao ambiente.