Espécie

Natrix natrix (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Cobra-de-água-de-colar, Cobra-de-água

  • Natrix natrix
  • Natrix natrix

Características

Esta cobra possui uma cabeça bem diferenciada do resto do corpo, larga, grande e arredondada na zona do focinho. O corpo é coberto por escamas com um vinco central (carena). O dorso é acinzentado, acastanhado ou verde olivácea e, frequentemente, apresenta-se com pequenas manchas escuras dispostas de forma irregular. O ventre é esbranquiçado ou acinzentado com manchas quadrangulares escuras.
Possui 1 placa pré-ocular, 3 pós-oculares e 7 supralabiais – estas últimas apresentam um rebordo negro.
As fêmeas são geralmente maiores, no entanto, os machos têm as caudas proporcionalmente mais compridas.
O nome comum da espécie deve-se à presença de um colar branco ou amarelado com rebordo negro nos indivíduos juvenis.


Ecologia

Espécie maioritariamente diurna, activa de Março a Outubro, ocorre tanto em terra como em meios aquáticos. A época de reprodução ocorre normalmente na Primavera e Outono. As posturas, compostas por 6 a 70 ovos, dão-se entre Junho e Julho em buracos e troncos de madeira eclodindo, cerca de 2 meses depois. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 4-5 anos de idade e, os machos, aos 3 anos. A longevidade máxima registada é de 19 anos de idade.
A sua dieta inclui presas terrestres e aquáticas como invertebrados, larvas e adultos de anfíbios, peixes, répteis e micromamíferos. Finge-se de morta para enganar os predadores e quando em perigo pode libertar uma secreção com odor nauseabundo. É uma espécie aglifa (sem dentes inoculadores de veneno) e como tal inofensiva para o Homem. Ocorre junto a charcos, lagoas e cursos de água em bosques, zonas agrícolas e matagais e, por vezes, em águas salobras.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Presente no Norte de África, Ásia e na Europa, excepto em algumas ilhas e regiões setentrionais. No território português, ocorre em todo o território excluindo a sul do Tejo nas regiões mais áridas.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.