Espécie

Miniopterus schreibersii (Kuhl, 1817)

Nome Comum

Morcego-de-peluche

Sem imagem

Características

Espécie de tamanho médio, com 30,5 a 34,2 cm de envergadura. Possui o focinho pequeno e a testa em forma de cúpula. Na cabeça, o pêlo é curto, denso e erecto, com tonalidades de cinzento-acastanhado a cinzento com tons de lilás, no dorso. O ventre é cinza-claro. No focinho, orelhas e membranas alares predomina o cinzento-acastanhado. As orelhas são pequenas, quadradas, muito separadas, com 4 a 5 pregas transversais, não se projectando acima da cabeça. O trago é amarelado a cinzento-claro, pequeno, dobrado para dentro e arredondado na ponta. As asas são compridas e estreitas. Os membros posteriores são relativamente compridos, o esporão tem um comprimento igual a 1/3 a 1/2 da membrana caudal e não tem lóbulo pós-calcâneo.


Ecologia

Este morcego sai um pouco depois do anoitecer, é migradora sazonal, embora percorra distâncias curtas. É uma espécie bastante sociável, formando colónias de criação com mais de 1000 fêmeas. Ocasionalmente, estes abrigos, atingem os 40.000 indivíduos, juntando machos e juvenis. O acasalamento ocorre em Outubro, durando a gestação 8 a 9 meses devido à implantação diferida. A maturidade sexual das fêmeas e machos é atingida no seu segundo ano de idade. Os nascimentos ocorrem em Junho (uma cria por fêmea, raramente duas).Caça geralmente em zonas abertas, bastante afastadas do seu abrigo. Parece alimentar-se principalmente de borboletas nocturnas, mosquitos e
escaravelhos. Espécie exclusivamente cavernícola, cria e hiberna em grutas e minas. Hiberna entre os meses de Outubro a Março, preferindo abrigo com temperaturas entre os 7 e os 12º C. A longevidade máxima registada é de 16 anos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Vulnerável (VU)


Distribuição Geral

Considerando que o morcego-de-peluche ocorre apenas na região mediterrânica, está presente no Norte de África e de Portugal ao Cáucaso. Ocorre ainda na Guiné, Nigéria e Camarões. Em Portugal, distribui-se por todo o território continental, mas as suas populações estão em geral concentradas em algumas regiões com boa disponibilidade de abrigos subterrâneos adequados.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Macdonald, D. & Barret, P. (1993). Mamíferos de Portugal e Europa – Guia Fapas.

Rodrigues L., A. Rainho e J.M. Palmeirim. 2010. Natureza 2011, Ano do Morcego. ICNB. ISBN 978-972-775-211-9.

Relatório Nacional de Implementação da Directiva Habitats (ICNB, 2008).

Rias (2010-2012). Dados de entrada de animais no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens. Quinta de Marim.

http://www.iucnredlist.org/