Espécie

Lissotriton boscai (Lataste, 1879)

Nome Comum

Tritão-de-ventre-laranja,  Tritão-ibérico

  • Lissotriton boscai

Características

O tritão-de-ventre-laranja é um anfíbio cujo comprimento, no estado adulto, varia entre os 5 e 10 cm, dos quais cerca de metade dizem respeito à cauda. O focinho, largo e arredondamento, apresenta, na face superior, um sulco mediano entre os olhos, que são laterais, pequenos e salientes. A cauda apresenta cristas superior e inferior muito baixas, com a extremidade truncada e provida de um pequeno espinho nos machos em época de reprodução. As patas são bastante delgadas e terminam por dedos desprovidos de membrana interdigital. A protuberância cloacal é algo diferente nos dois sexos: hemisférica e com uma fenda longitudinal, no macho; cónica, inclinada para trás e com uma pequena abertura terminal, na femea. Coloração do dorso castanha-amarelada ou esverdeada, com pequenas manchas negras dispersas. Face ventral do corpo de cor muito viva, laranja, avermelhada ou amarela.


Ecologia

Trata-se de um tritão bastante aquático, frequentando as águas das fontes, tanques, charcos, açudes e regatos de montanha. Durante a época seca, pode, no entanto, ser encontrado em terra, estiando debaixo de pedras, troncos caídos e outros locais húmidos. Alimenta-se de pequenos vermes, insectos, larvas e crustáceos aquáticos. A reprodução estende-se de Novembro a Junho, ocorrendo o acasalamento dentro de água. O macho corteja prolongadamente a fêmea, abanando-lhe a cauda junto do focinho. A fecundação é interna e a fêmea deposita entre 100 a 250 ovos durante vários dias, um a um, nas folhas de plantas aquáticas. As larvas nascem duas semanas depois, atingindo no máximo 3 cm de comprimento.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Esta espécie é endémica da metade Oeste da Península ibérica. Prefere regiões de relevo acidentado, distribuindo-se por todo o país. No Algarve, ocorre, entre outros sítios, na Serra de Monchique e na Serra do Caldeirão.

Distribuição Geográfica

Referências

Almargem, 2002. Anfíbios do Algarve.

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.

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