Espécie

Larus michahellis (Naumann, 1840)

Nome Comum

Gaivota-de-patas-amarelas, Gaivota-argêntea, Gaivota-de-manto-cinzento, Gaivota-de-prata

Sem imagem

Características

Gaivota com cerca de 60 cm de comprimento, com o dorso cinzento e asas cinzentas com extremidades pretas e “espelhos” brancos. Os adultos têm patas amarelas e o bico amarelo com pinta vermelha. No olho possuem um anel orbital vermelho. No Inverno, o adulto apresenta a cabeça listrada de preto, de forma variável. Os juvenis e os indivíduos de 1º Inverno têm as patas algo rosadas e são castanhos, parecendo-se com os juvenis de outras espécies de gaivotas. Contudo, têm a cabeça muito clara, rémiges mais escuras do que o resto das asas e uma nítida barra preta na cauda. Os indivíduos do 2º Inverno têm já o dorso cinzento e bico de base clara. Os de 3º Inverno são quase como os adultos com áreas “sujas” no bico, asas e cauda.


Ecologia

Ave muito comum em Portugal, distribuindo-se ao longo de toda a costa nacional. É uma ave quase exclusivamente marinha, frequentando praias arenosas e rochosas, portos de pesca, aterros sanitários, terrenos agrícolas junto ao litoral, complexos de salinas e zonas urbanas junto à costa. Nidifica em ilhotas, falésias, lagoas, sapais e, por vezes, barragens e edifícios em áreas urbanas. Nas Berlengas, onde decorreram vários estudos sobre esta espécie, a definição do território para nidificar inicia-se em Fevereiro. As primeiras posturas podem ser observadas em Abril e vão até meados de Junho. o período de incubação dura entre os 28 e os 29 dias. As posturas são compostas em média por 2 a 3 ovos.Alimenta-se em portos de pesca, aterros sanitários e no mar. é uma espécie oportunista.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Larus michahellis distribui-se pela Europa, Médio Oriente e Norte de África. É residente em grande parte do sul da Europa, na costa do Mediterrâneo, Mar Negro e Mar Cáspio, nos Açores e Madeira (Portugal) e nas Ilhas Canárias (Espanha). Os locais de invernada incluem a costa sudoeste da Ásia, a maior parte da costa europeia até à Dinamarca e a costa da África, desde o Sara Ocidental até ao Mediterrâneo Oriental. No Algarve, o cabo de São Vicente e a zona de Sagres são dos melhores locais para observar a espécie, assim como a ponta da Piedade, a ria de Alvor, o Ludo e a reserva de Castro Marim. Esta espécie ocorre um pouco por todo o litoral, sendo também possível de observar no estuário do Arade e na lagoa dos Salgados.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/