Espécie

Larus audouinii (Payraudeau, 1826)

Nome Comum

Gaivota-de-audouin

Sem imagem

Características

Gaivota com cerca de 50 cm de comprimento.Tem a cabeça alongada e achatada, o olho preto, o bico vermelho-escuro, com a ponta preta e amarela (difícil de ver) e as patas cinzentas. O adulto é cinzento na parte superior com extensas extremidades pretas das asas e “espelhos” brancos delicados. Os juvenis têm patas cinzentas, base do bico clara, cabeça acastanhada, escapulares escuras com orlas pálidas, cauda toda escura que contrasta com as coberturas supracaudais brancas e em forma de “U”. Os indivíduos do 1º Inverno apresentam as escapulares cinzentas e a cabeça mais clara. Os indivíduos do 2º ano têm o dorso cinzento, mas rémiges escuras e barra preta na cauda.


Ecologia

Esta gaivota frequenta tanto a costa rochosa como zonas de areal, salinas, “rias”, estuários e lagoas costeiras. Nidifica em zonas costeiras de topografia variada, designadamente em ilhas rochosas e
em zonas com vegetação de sapal. No Delta
do Ebro, onde esta espécie nidifica em grande número, ocupa zonas arenosas com
vegetação dispersa. Após a reprodução e durante a migração e inverno, ocorre em zonas costeiras arenosas e baías. Alimenta-se principalmente de noite, sendo a sua dieta constituída por peixe,
invertebrados terrestres e aquáticos, pequenas aves e material vegetal. As aves alimentam-se
também de desperdícios atirados ao mar por barcos de pesca. No Algarve esta espécie tem nidificado em cômoros de salinas, construindo o ninho directamente no solo. Nesta região, as posturas são constituídas por 2 a 3 ovos, que são incubados durante cerca de um mês.


Fenologia

Migrador Reprodutor (MigRep)


Estado de Conservação

Vulnerável (VU)


Distribuição Geral

Distribui-se nas zonas costeiras do Mediterrâneo, designadamente no Sul da Turquia, Líbano, Tunísia, Chipre, Grécia, Itália, França, Espanha, Argélia e Marrocos e mais recentemente em Portugal. Fora da época de reprodução, distribui-se pelas costas do Noroeste de África, até à Senegâmbia. Em Portugal, nidifica exclusivamente na zona Sul do país, tendo a colonização desta área sido recente (estima-se que as primeiras tentativas de nidificação se tenham iniciado entre 1998 e 2000. No Algarve é frequente na reserva de Castro Marim, nas Salinas de Santa Luzia e de Tavira, e na ria Formosa, especialmente junto ao cabo de Santa Maria e junto a Cacela-a-Velha. Alguns indivíduos ocorrem também na lagoa dos Salgados e na ria de Alvor.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.

Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.

Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.

ICN, 2006. Plano Sectorial da Rede Natura 2000.

Assírio & Alvim (2008)- Atlas das aves nidificantes em Portugal.

Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.

http://www.iucnredlist.org/

http://avesdeportugal.info/