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Domínio
Eucarya
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Unikonta
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Reino
Animalia
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Metazoa
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Eumetazoa
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Bilateria
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Deuterostomata
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Chordata
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Filo
Craniata
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Subfilo
Vertebrata
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Superclasse
Gnathostomata
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Classe
Archosauromorpha
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Subclasse
Aves
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Ordem
Falconiformes
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Família
Accipitridae
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Género
Gyps
Características
É uma ave de grande porte, com 95-105 cm de comprimento e 230-270 cm de envergadura. A plumagem é acastanhada (parte superior e inferior). Os “dedos” das asas são facilmente visíveis, pretos e revirados para cima. Tem o pescoço claro com uma “gola” branca, penugenta. A cabeça é desprovida de penas. A cauda é curta e preta. O bico é castanho-claro e enganchado.
Ecologia
É uma espécie colonial, embora possa nidificar de forma isolada. Instala os ninhos em saliências de escarpas ou em cavidades e fendas nas rochas. As posturas são compostas por um único ovo, durando a incubação cerca de 52 dias. Em Portugal, a ocupação das colónias ocorre em Dezembro e Janeiro, decorrendo as posturas de Janeiro a Março. Os grifos são necrófagos, alimentando-se de tecidos moles de mamíferos de médio/grande porte. Por esta razão passa a maior parte do tempo em dispersão, percorrendo grandes distâncias em busca de alimento. Ocorre numa grande variedade de zonas abertas com poucas ou nenhumas árvores, em planícies, montanhas ou planaltos montanhosos, evitando florestas e áreas densas de vegetação, zonas húmidas, lagos, e estuários ou zonas marinhas. Em Portugal o seu habitat de alimentação corresponde a campos desarborizados onde se realiza
aproveitamento pecuário extensivo, como matos esparsos, pastagens de montanha, estepe cerealífera, mas também montados de sobro e azinho. Nas zonas de alimentação necessita de uma ampla extensão de correntes ascendentes em zonas montanhosas (vertentes onde se concentram manadas de ungulados), ou correntes térmicas em zonas desérticas abertas, estepes, ou outro tipo de terrenos secos.
Fenologia
Residente (Res)
Estado de Conservação
Quase Ameaçado (NT)
Distribuição Geral
Espécie com distribuição essencialmente Paleártica. Na Europa nidifica na Albânia, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália, Moldávia, Portugal, Roménia, Rússia,
Turquia e Ucrânia. A espécie é residente mas algumas aves (sobretudo juvenis) migram, realizam movimentos
migratórios pós-nupciais para os Estreitos de Gibraltar e de Bósforo em África (provavelmente no Sul do Sahara) e Arábia. Em Portugal a maior parte da população de Grifos encontra-se confinada aos vales
alcantilados do Douro superior e seus afluentes e Tejo (troço internacional) e seus
afluentes, havendo alguns casais na Serra de S. Mamede e na zona de Barrancos. No Algarve é pouco comum na época reprodutora, mas no Outono é frequente observarem-se grandes concentrações junto ao cabo de São Vicente.
Distribuição Geográfica
Referências
Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.
Catry, P., Costa, H., Elias, G., Matias, R., (2010). Aves de Portugal. Ornitologia de território continental. Assírio & Alvim, Lisboa.
Costa, H., Juana, E., & Varela, J. (2011). Aves de Portugal incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens.
Gooders, J. (1994). Guia de campo das aves de Portugal e da Europa. Círculo de Leitores.
ICN, 2006. Plano Sectorial da Rede Natura 2000.
Turismo do Algarve (2012). Guia de observação de aves no algarve.
http://www.iucnredlist.org/
http://avesdeportugal.info/