Espécie

Vipera latastei (Boscá,1878)

Nome Comum

Víbora-cornuda

  • Vipera latastei
  • Vipera latastei
  • Vipera latastei
  • Vipera latastei

Características

Víbora de pequeno tamanho, podendo atingir no máximo os 70 cm de comprimento total. Corpo robusta e cauda curta, possui uma cabeça bem diferenciada do corpo, triangular e com placas cefálicas muito fragmentadas. A extremidade do focinho é proeminente, com três a sete escamas apicais ( em média 5), que formam um apêndice nasal típico da espécie. Apresenta duas a três séries de escamas pequenas por baixo do olho. Pupila vertical e íris amarelada ou dourada. A cor de fundo dorsal é geralmente acinzentada ou acastanhada, formando um desenho em zigue-zague. O dorso é coberto por escamas carenadas dispostas em 19 ou 21 fiadas no centro do corpo. Na parte posterior da cabeça, apresenta normalmente duas manchas escuras que formam um V invertido. Por vezes apresenta nos flancos manchas arredondadas escuras. O ventre de tom esbranquiçado ou cinzento possui algumas manchas irregulares.


Ecologia

De hábitos essencialmente diurnos, esta espécie pode, nos meses de maior calor, apresentar actividade crepuscular ou nocturna. Quando em actividade, a temperatura corporal varia entre os 17 e os 33º C. O período de hibernação é variável, dependendo de vários factores como a altitude e latitude. Espécie ovovivípara,origina 5 a 8 crias no final do Verão, iniciando-se a época de reprodução no início da Primavera. Pode, por vezes, apresentar um segundo período de reprodução em Setembro/Outubro. A maturidade sexual é atingida aos 30/40 cm de comprimento corporal, podendo os indivíduos possuir 9 anos de idade. A sua dieta consiste essencialmente em micromamíferos, podendo capturar por vezes, lagartixas, juvenis de sardão e de lagarto-de-água. Produz veneno de características proteolíticas e, tratando-se de uma espécie solenoglifa (dentes inoculadores de veneno, retráteis, localizados na parte anterior do maxilar superior), pode representar algum perigo para o Homem. Ocorre preferencialmente em zonas rochosas de montanha, com cobertura arbustiva, preferindo as vertentes mais expostas viradas a sul. Em zonas mais baixas, prefere os matagais, zonas agrícolas e pinhais arenosos do litoral.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Vulnerável (VU)


Distribuição Geral

Distribui-se pela Península Ibérica e Norte de África. Em Portugal ocorre um pouco por todo o território, contudo, em núcleos populacionais fragmentados.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.