Espécie

Talpa occidentalis (Cabrera, 1907)

Nome Comum

Toupeira-ibérica

Sem imagem

Características

Espécie com 9 a 14 cm de comprimento cabeça-corpo, possui o corpo cilíndrico e longo, com uma pelagem negra ou cinzento-escura. As patas anteriores são fortes, circulares e munidas de potentes garras, adaptadas à escavação de galerias. A cauda é muito curta, o focinho é longo e apresenta uma nítida atrofia dos órgãos visuais, tendo os olhos cobertos de pele.


Ecologia

Espécie com actividade diurna e nocturna, passa a maior parte do seu tempo debaixo do solo, alternando períodos de actividade com pausas para repouso. As galerias complexas, que escava, com as patas dianteiras, dão origem a inúmeros túneis, onde passa a maior parte da sua vida. Os túneis servem de saída, em caso de fuga a predadores e como forma de ventilação. Nas galerias existe uma zona de despensa, onde se encontram várias presas imobilizadas, além de zonas para dormir. Utiliza o tacto para se orientar (através de receptores presentes no focinho), substituindo este a visão, que é fraca. O período de reprodução ocorre entre Setembro e Maio, com os nascimentos a acontecer de Maio a Junho, após um período de gestação de cerca de 4 semanas. Cada fêmea pode ter até 2 ninhadas por ano, constituídas por 2 a 7 indivíduos. Atingem a maturidade sexual com 1 ano de idade. Durante a época de reprodução, os machos abandonam os territórios e escavam extensas áreas à procura das fêmeas. A dieta é composta por insectos, principalmente larvas de insectos e anelídeos, que encontra quando escava as galerias. É frequente em jardins, terrenos agrícolas, pastagens e zonas de floresta, que possuam características propícias para a sua actividade escavadora. Longevidade máxima é de 3 a 4 anos.


Fenologia

Residente (Res)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

Espécie endémica da Península Ibérica, ocorrendo de Norte a Sul de Portugal. No Algarve, esta espécie está referenciada na bibliografia, para o parque natural da Ria Formosa e para a Reserva Natural de Castro Marim.

Distribuição Geográfica

Referências

Cabral, M.J.(coord.), Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N.,Oliveira, M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & Santos‐Reis, M. 2005.Livro vermelho dos vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservaçãoda Natureza/ Assírio & Alvim. Lisboa. 660 pp.

Lavinas, C. 2004. Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, uma contribuição para a sua gestão. Instituto da Conservação da Natureza / Centro de Zonas Húmidas.

Vicente, M. (2004). Caracterização da Fauna do Parque Natural da Ria Formosa (Estudo Inserido no Âmbito da Revisão do Plano de Ordenamento do PNRF). ICN

http://www.iucnredlist.org/

http://www.azibo.org/mamiferos/toupeira.html