Espécie

Chamaeleo chamaeleon (Linnaeus, 1758)

Nome Comum

Camaleão-comum , Camaleão

  • Chamaeleo chamaeleon

Características

Espécie de tamanho médio com cerca de 26 cm de comprimento total. O corpo é comprimido lateralmente e coberto de escamas granulares. A coloração exibida é variável dependendo do meio onde se encontra, da época do ano, do estado emocional, idade e sexo. As cores mais comuns são o negro, castanho claro, verde e esbranquiçado, nunca de forma uniforme. A cauda é preênsil e os membros são pentadáctilos, com os dedos unidos em dois grupos oponíveis em forma de pinça. A língua é protráctil e os olhos de aparência cónica, possuem uma abertura circular central, movendo-se de forma independente em qualquer direcção.


Ecologia

Espécie de habitos diurnos, é tipicamente arborícola, descendo apenas ao solo para trocar de árvore. Entre os meses de Dezembro e Março, o camaleão entra em letargia, enterrando-se geralmente no solo, junto a raízes de arbustos. A época de reprodução dá-se entre Julho e Outubro, altura em que os machos percorrem longas distancias para copularem com o maior número de fêmeas possível. As femeas, escavam um buraco com cerca de 20cm para depositarem entre 8 a 29 ovos, durante o mês de Outubro. Esta espécie atinge a maturidade sexual no seu primeiro ano de vida e tem uma longevidade máxima de cerca de 3 anos. A sua dieta consiste essencialmente em insectos voadores, como gafanhotos, borboletas e moscas. Esta espécie ocorre preferencialmente em zonas de pinhais costeiros, dunas litorais com vegetação e pomares tradicionais (alfarrobeiras, amendoeiras, figueiras, oliveiras).


Fenologia

Não indígena (NInd)


Estado de Conservação

Pouco Preocupante (LC)


Distribuição Geral

A espécie ocorre no Sul da Europa (Portugal, Espanha e Grécia), em algumas ilhas mediterrânicas (Chipre, Malta, Sicília, Samos, Chios e Creta), no Norte de África e Médio Oriente. Em Portugal restringe-se ao litoral algarvio, sendo os limites da sua ocorrência Vila Real de Santo António, a leste, e Lagos, a oeste.

Distribuição Geográfica

Referências

Almeida, N., Almeida, P., Gonçalves, H., Sequeira, F., Teixeira, J., Almeida, F. (2001). Anfíbios e Répteis de Portugal – Guias Fapas.

Loureiro,A., Almeida,N., Carretero, M., Paulo, O. (2010). Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal.